quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Acusada de invadir festa com carro é condenada a sete anos de prisão Motorista invadiu casa, matou uma pessoa e feriu outras quatro em 2012. Além da pena, ré foi condenada a mais dois anos e oito meses de detenção.

Acidente deixou quatro pessoas internadas e uma delas teve morte encefálica. (Foto: Reprodução/TV Liberal)
O juiz Raimundo Flexa anunciou na tarde desta quarta-feira (25) a condenação de Lucicléia dos Santos Barroso, considerada culpada por provocar a morte de uma pessoa e de ferir outras quatro ao invadir uma festa junina dentro de um carro em alta velocidade, em junho de 2012.Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Lucicléia foi condenada a sete anos de prisão em regime fechado e mais dois anos e oito meses de detenção, em regime de restrição de direitos. Após o anúncio da sentença, a ré foi encaminhada para o sistema prisional e a defesa anunciou que vai entrar com pedido de habeas corpus.A sessão foi aberta por volta de 8h40 com o depoimento de uma testemunha que sobreviveu aos ferimentos após ter ficado presa entre o muro e veículo durante a colisão. Na época do crime, Yasmin Fernandes tinha 15 anos e ficou presa entre o carro e a parede da casa. A jovem teve várias fraturas pelo corpo e lesões na coluna.“Eu estava de costa para a rua. A lógica era eu ter caído de peito para baixo, mas não, eu cai de peito para cima. Eu lembro que eu tentei sair, mas sufoquei e perdi a consciência. Eu quero  que ela seja pelo menos condenada e que responda pelo o que ela fez”, relembra Yasmin.Ao ser interrogada pelo magistrado, Lucicléia disse que não tinha intenção de matar as pessoas na festa e que passou a conduzir o carro envolvido no acidente ao tentar se desvencilhar das investidas do motorista do veículo, tendo feito um desvio brusco para evitar uma colisão, porém, acabou invadindo a casa do ex-namorado Gilvan de Jesus Santos, que na época do acidente estava envolvido com uma adolescente de 15 anos. Segundo a polícia, Gilvan seria o alvo principal de Lucicléia, e ele se emocionou durante seu depoimento.Durante o julgamento, ouve uma discussão entre o juiz e o defensor público. “Ela não foi autora desse acidente, pois não foi um ato dela que causou o acidente. Foi ele que puxou o volante e causou a morte de uma pessoa e quatro lesões”, afirmou o defensor público Alex Noronha.
Entenda o caso :  Por volta das 3h do dia 30 de junho de 2012, um carro em alta velocidade atingiu uma casa e feriu 10 pessoas que participavam de uma festa junina no Conjunto Promorar, em Belém. Segundo testemunhas, a motorista não possuía carteira de habilitação e ainda estava aprendendo a dirigir. Ela e o dono do veículo, que estava no carro no momento da colisão, fugiram do local sem prestar socorro às vítimas.  Quatro pessoas tiveram ferimentos de maior gravidade e Celisvaldo Santos de Jesus, de 40 anos, não resistiu e morreu no hospital.   A polícia decidiu indiciar Lucicléia dos Santos Barroso por homicídio doloso, quando há a intensão de matar. O inquérito foi concluído em agosto de 2012.      "Ela buscou esse resultado. Acredito que a intensão dela era atingir o rapaz com quem ela teve um relacionamento amoroso, que foi frustrado", disse o delegado Davi Leão Santos, que confirmou que o homem que namorou a motorista é irmão da vítima fatal do atropelamento.                                                                       





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