Estudantes e professores foram para a frente da Costa e Silva. Eles querem manter o EJA na escola
Alunos e
professores da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, na avenida
Almirante Barroso, bairro do Souza realizaram, na noite de ontem, uma
manifestação. Segundo eles, o Governo do Estado tem a intenção de
concentrar, em determinadas escolas, a Educação de Jovens e Adultos
(EJA), que funciona no período noturno. Uma das instituições que ficaria
sem estas turmas, é a Escola Costa e Silva, segundo os manifestantes.
Os professores tiveram conhecimento da
reestruturação por meio da coordenação da Unidade Seduc na Escola (Use
8). O sistema já seria adotado no ano letivo de 2016 mas, até o momento,
a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não se posicionou
oficialmente em relação ao reordenamento.
“O fechamento das turmas do EJA vai
prejudicar a comunidade escolar como um todo. Os alunos são do bairro,
moram aqui próximo e vão ser prejudicados”, lamentou a professora da
escola, Josiane Quemel. Segundo ela a escola é referência no atendimento
especializado para alunos com deficiência e atende cerca de 16
estudantes que necessitam do ensino diferenciado.
“Esse plano de reestruturação vai afetar 5 turmas somente na Costa e Silva. Esses alunos estão nelas”, disse Josiane.
A estudante Helena Frazão, 63 anos,
que cursa o EJA fundamental na Costa e Silva, ressalta que ficaria
prejudicada financeiramente com o reordenamento, já que poderia ser
transferida para uma escola longe de sua casa. “Se eu for para uma
escola longe daqui, não tenho como manter os gastos. Recebo R$ 800,00
para pagar todas as minhas despesas”, reclamou.
TRANSFERÊNCIA
O adestrador de animais Luís Rodrigues
(38) também teme ser prejudicado com uma possível transferência de
escola. “O Simão Jatene (governador) só vê o lado dele. Se eu sair dessa
escola, corro o risco de parar de estudar”. O DIÁRIO não conseguiu
contato com a Seduc, na noite de ontem.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
O Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Pará (Sintepp) convocou a categoria para uma
audiência pública sobre a possibilidade de reordenamento do ensino no
Pará, que ocorrerá às 14h de hoje, na Assembleia Legislativa. Em seu
site (www.sintepp.org.br), o sindicato compara a possível reestruturação
na educação do Estado com o que pode ocorrer em São Paulo, onde o
governador Geraldo Alckmin (PSDB), com o projeto de “reorganização”,
quer fechar 94 escolas públicas estaduais, segundo o sindicato. O
Sintepp alerta para a possibilidade do fechamento de turmas do ensino
noturno no Pará em 2016.
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