Carcaças dos animais
sacrificados pelos invasores ficaram espalhadas pela fazenda Cedro e
começaram a ser retiradas ontem
A matança indiscriminada
de animais continua na fazenda Cedro, distante 30 quilômetros de
Marabá. Da última terça-feira até ontem, mais 20 animais tinham sido
sacrificados. Desde domingo passado, foram cerca de 70 bois mortos. Tito
Moura, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) na
região sudeste do Pará, negou que o movimento tenha envolvimento com a
matança de gado.
Homens armados entraram na fazenda, na noite
do último domingo, e mataram cerca de 20 vacas. Na madrugada de
segunda-feira, o bando tirou a vida de mais 29 vacas, totalizando 50
animais mortos. As imagens são fortes e mostram vacas decapitadas, com
vísceras expostas e até fetos espalhados pelo chão de terra. Alguns
animais foram baleados e terão de ser sacrificados.
A Agro Santa Bárbara, proprietária da
fazenda, informou que comunica sistematicamente às autoridades
competentes os crimes cometidos pelos integrantes dos movimentos que
vivem acampados na Fazenda Cedro. “A Agro vem sofrendo prejuízos enormes
e não consegue impedir os invasores de continuarem a cometer crimes
como a matança de animais”, diz Ezio Costa, diretor de operações da
empresa.
ACUSAÇÃO
A Agro Santa Bárbara, em nota, lamentou a
violência sofrida por seus funcionários, a matança de animais, a
queimada de pastos e a depredação de casas e maquinários. “Essa postura
não é coerente com um grupo que precisa de alimentos e busca uma solução
pacífica para a reforma agrária”. Uma equipe do Instituto Médico Legal
(IML) em Marabá, comandada pelo perito Didoval Girardi, esteve na sede
da fazenda para averiguar a matança.
Foram encontradas 25 vacas abatidas, todas
prenhas. “Os animais estavam todos descarnados. Ou seja, as carnes de
primeira, como coxão mole, foram retiradas”, declarou. A equipe do IML
recolheu vários cartuchos de espingardas calibres 16 e 20.
Na manhã de ontem, em meio ao forte mau cheiro, os trabalhadores da fazenda realizaram a difícil tarefa de remover as carcaças dos animais mortos. Segundo um dos coordenadores da fazenda - que não quis se identificar -, não é a primeira vez que a situação ocorre. De maio até hoje, segundo ele, o número de animais mortos na fazenda já chega a 800.
Na manhã de ontem, em meio ao forte mau cheiro, os trabalhadores da fazenda realizaram a difícil tarefa de remover as carcaças dos animais mortos. Segundo um dos coordenadores da fazenda - que não quis se identificar -, não é a primeira vez que a situação ocorre. De maio até hoje, segundo ele, o número de animais mortos na fazenda já chega a 800.
OUTROS ATOS DE VIOLÊNCIA
OUTUBRO
Em outubro passado aproximadamente 1.500 hectares de pastos foram queimados, mais de 50 mil estacas e 1.000 km de arame foram destruídos nos incêndios provocados pelos invasores, aponta a empresa Agro Santa Bárbara. “Os prejuízos são incalculáveis, com milhares de cabeças de gado abatidas pelos invasores e animais que tiveram de ser sacrificados diante da gravidade de seus ferimentos”, afirma Ezio Costa, diretor de operações da empresa.
NOVEMBRO
Apenas em novembro foram mortas aproximadamente 100 vacas, a maioria fertilizadas, animais de alto padrão genético e doadoras de embriões. A Agro Santa Bárbara desenvolve, há 6 anos, o projeto de Central de Receptoras de Embriões. “Os integrantes dos movimentos sociais, com má fé, invadem a fazenda para matar esses animais, sem o intuito de levar a carne”, critica o diretor Ezio Costa.
MST nega envolvimento
Sobre as acusações de que o MST teria envolvimento na matança do gado, Tito Moura, coordenador do movimento, diz que se reuniu ontem no escritório do movimento em Marabá para analisar as fotos que circulam nas redes sociais e afirma que tudo não passa de uma armação na tentativa de criminalizar o movimento social.
O coordenador disse que entrou em contato com o titular da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca) para acionar o serviço de inteligência e verificar quem está por trás da matança dos animais. “Não é o MST que está fazendo isso, até porque nós somos contra qualquer tipo de vandalismo nesse sentido”, conta Tito.
DEFESA
Moura disse ainda que existem outros grupos, como o dos açougues ou mesmo pessoas da própria fazenda interessadas na saída das 340 famílias da área, onde estão acampadas. Ele reitera que o MST reivindica a desapropriação ou compra do espaço e que não há motivos para o movimento cometer tal crime. “Isso que estão fazendo é para criminalizar o MST e fazer o despejo das famílias que há 6 anos moram naquela área.”
Em outubro passado aproximadamente 1.500 hectares de pastos foram queimados, mais de 50 mil estacas e 1.000 km de arame foram destruídos nos incêndios provocados pelos invasores, aponta a empresa Agro Santa Bárbara. “Os prejuízos são incalculáveis, com milhares de cabeças de gado abatidas pelos invasores e animais que tiveram de ser sacrificados diante da gravidade de seus ferimentos”, afirma Ezio Costa, diretor de operações da empresa.
NOVEMBRO
Apenas em novembro foram mortas aproximadamente 100 vacas, a maioria fertilizadas, animais de alto padrão genético e doadoras de embriões. A Agro Santa Bárbara desenvolve, há 6 anos, o projeto de Central de Receptoras de Embriões. “Os integrantes dos movimentos sociais, com má fé, invadem a fazenda para matar esses animais, sem o intuito de levar a carne”, critica o diretor Ezio Costa.
MST nega envolvimento
Sobre as acusações de que o MST teria envolvimento na matança do gado, Tito Moura, coordenador do movimento, diz que se reuniu ontem no escritório do movimento em Marabá para analisar as fotos que circulam nas redes sociais e afirma que tudo não passa de uma armação na tentativa de criminalizar o movimento social.
O coordenador disse que entrou em contato com o titular da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca) para acionar o serviço de inteligência e verificar quem está por trás da matança dos animais. “Não é o MST que está fazendo isso, até porque nós somos contra qualquer tipo de vandalismo nesse sentido”, conta Tito.
DEFESA
Moura disse ainda que existem outros grupos, como o dos açougues ou mesmo pessoas da própria fazenda interessadas na saída das 340 famílias da área, onde estão acampadas. Ele reitera que o MST reivindica a desapropriação ou compra do espaço e que não há motivos para o movimento cometer tal crime. “Isso que estão fazendo é para criminalizar o MST e fazer o despejo das famílias que há 6 anos moram naquela área.”
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