segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Acusado de participar de assassinato de professor vai a júri em Belém


Réu enfrenta júri popular em Belém nesta segunda-feira (29) por participação em assassinato do professor Raimundo Lucier. (Foto: Divulgação/UFPA)

O réu Allan Franklin Ferreira Rego, de 25 anos, enfrenta o júri popular nesta segunda-feira (29) no Fórum Criminal de Belém, por participação no assassinato do professor universitário Raimundo Lucier Marques Leal Junior, morto em 2012. De acordo com a promotoria, ele é acusado de ser o mototaxista contratado para conduzir e dar fuga ao assassino da vítima.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o mandante do crime, engenheiro químico Carlos Augusto de Brito Carvalho, que responde ao processo preso, foi quem levou no próprio carro o executor. Imagens de câmeras de segurança ajudaram na identificação do veículo usado na fuga, que levou a polícia ao paradeiro do condutor da moto e aos demais envolvidos no crime. Tanto o mandante e o executor estão recorrendo da sentença em pronúncia.
O julgamento, presidido pela juíza Ângela Tuma, começou com o depoimento da primeira testemunha, um ex-policial militar que deu detalhes da execução, já que estava a cerca de sete metros do local do crime e viu quando o atirador correu com uma arma na mão após efetuar os disparos. A testemunha depôs encapuzada por medida de segurança e contou que no momento do assassinato, não esboçou reação por medo ao ver a arma.
O delegado Vicentes Gomes, que atuou na investigação do caso, foi a segunda testemunha a depor, seguida pela professora Fátima Leal, viúva da vítima, que relatou o abalo sofrido pela família e os impactos sentidos na vida profissional com a morte do marido. Uma última testemunha ainda será ouvida no início da tarde, com a retomada dos depoimentos após o fim do intervalo da sessão.
Entenda o caso
No dia 4 de agosto de 2012, o professor Raimundo Lucier foi assassinado, em Belém, quando saía com o carro de uma oficina, localizada na avenida Duque de Caxias, entre as travessas Enéas Pinheiro e Pirajá. Ele foi surpreendido por um homem, que disparou contra a vítima.
O engenheiro químico Carlos Augusto de Brito Carvalho é apontado como o mandante do crime, que teria ocorrido porque a vítima fazia parte de uma comissão que investigava irregularidades no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Edmilson Ricardo Farias foi denunciado como o responsável por efetuar os disparos contra a vítima, e Allan Franklin Ferreira Rêgo teria dado fuga ao executor em uma motocicleta. Os três envolvidos no crime foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.

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