sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Área externa do Mangueirão tomada pelo descaso

Área externa do Mangueirão tomada pelo descaso (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)
Para ter acesso ao Mangueirão e assistir aos jogos dos seus times, torcedores encontram diversos obstáculos, como muita lama. 
Muita lama, buracos, mato e sujeira. É esse o cenário visto por quem chega no estádio Jornalista Edgar Augusto Proença, o Mangueirão. Com as obras do BRT (Bus Rapid Transit) e do Ginásio Poliesportivo, na avenida Augusto Montenegro, a situação ficou ainda pior. Quando chove, então, o caos é total. Se a chuva demrar mais de 1 hora, a bilheteria do Setor A fica completamente alagada (foto acima).

Em dias de jogos, o quadro preocupa ainda mais, já que o grande volume de água dificulta a passagem de torcedores para o interior do estádio. No estacionamento, a falta de local para deixar os carros, a iluminação pública precária e a falta de segurança também são alvos de reclamações de quem frequenta a área para praticar atividades físicas ou aulas de direção. O estacionamento já foi apelidado de “rali”, por causa das lama e buracos.

Para o guardador de carros Luiz Carvalho, 46 anos, a falta de cuidados na área diminui as vagas do estacionamento e facilita a ação de assaltantes, até mesmo durante o dia. “Os motoristas colocam os carros onde conseguem. Eles se sujam todos”, afirma. Com pouco espaço apropriado, os veículos são estacionados até mesmo dentro de buracos.

AULAS

O espaço também é utilizado por condutores de autoescolas para treinos de direção, mas esta prática tem ficado complicada em função das precárias condições do estacionamento. O instrutor Evandro Moura, 49, diz que os buracos e a pista de terra dificultam o aprendizado dos alunos e também prejudica os veículos. “Os carros atolam. Quebram”, ressaltou Evandro. “Nunca vi o Mangueirão tão abandonado pelo Governo”, destacou.
Quando chove, uma das bilheterias fica parecendo uma piscina.
Com as obras do BRT, entulhos estão espalhados pelo chão, como tubos, pedaços de madeira, pedras e aterros. O receio é que alguns desses materiais sirvam de armas para vândalos em dias de jogos. O agente administrativo Roberto Paiva, 42, faz caminhadas todos os dias pelo entorno do estádio. Ele afirma que o espaço deveria estar sendo usado para a implantação de praça, com academia ao ar livre, por ser uma referência de esporte e lazer de Belém. “Na Augusto Montenegro, não temos ponto de recreação pública. O único que há está abandonado”.

Amanhã, no Mangueirão, o Remo jogará com o Independente. No domingo, jogam Paysandu e Àguia. Além de torcer por seu time, o cidadão terá de torcer também para que não chova no fim de semana.

SEM RESPOSTAS

O DIÁRIO contatou com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) e com a Secretaria de Esporte e Lazer (Seel) para pedir respostas, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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