Segurando uma sombrinha na mão direita e a filha de 10 meses na outra, a dona de casa Elaine Jamile, 22 anos, foi embora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci, sem receber atendimento médico, na manhã de ontem. Com o semblante cansado, ela passou a madrugada preoupada porque sua filha chorava muito. “Ela está fraca. Chorou. Acho que é dor no estômago.”
Elaine mora no bairro do Castanheira, em Ananindeua. Ela foi para a UPA de Icoaraci às 6h30, mas, logo na sua chegada, se deparou com um aviso de que os médicos tinham feito paralisação de advertência. O motivo do protesto era, sobretudo, a falta de estrutura para atendimento ao público. “Eles (médicos) me disseram que só vão atender urgência. Agora vou ter de procurar outro local para levar minha filha.”
A doméstica Terezinha Ramos, 46 anos,
acompanhava sua mãe, a aposentada Maria Ramos, 77, no PSM do Guamá, na
manhã de ontem. Em uma cadeira de rodas, a idosa quase não tinha forças
para falar, pois estava com cansaço no peito e febre. A paciente
precisava ficar internada, mas, por falta de leito, teve de procurar
outro hospital.
Nós vamos procurar a Unidade da Pedreira. Ela precisa ficar sob cuidados
médicos”, afirmou Terezinha. Pela falta de material para introduzir uma
sonda, o aposentado Hélio Tavares Moura, 78, do município de Moju,
corria o risco de não ser submetido ao procedimento. Com dificuldades
para urinar, ele apenas foi medicado e aguardava a chegada do materialno
PSM do Guamá.
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