A dona de casa Jucelia de Souza está sem água nas torneiras e diz que
fica difícil dar banho nos filhos, lavar as roupas e a louça. Ela conta
com a solidariedade de vizinhos que têm poços para fazer as tarefas
domésticas. "Tem poço que seca, aí tem que esperar o carro pipa”, diz
Jucelia.
Segundo os moradores do bairro, o caminhão pipa passa no máximo duas
vezes por semana em cada casa. E quando ele passa é preciso correr para
encher baldes e o que for possível para armazenar água.
"Tem dias que a gente não tem como lavar as vasilhas porque não tem
água. Aí tem que esperar ele vir para abastecer”, relata a dona de casa
Erizane Lopes.
Moradores de três bairros estão ha pelo menos seis meses sem o
abastecimento regular de água nas torneiras, depois que a represa que
abastecia os bairros secou. Ainda não existe um laudo que comprove o que
teria provocado a seca, mas segundo os moradores tudo começou depois da
construção de um ramal ferroviário que passa perto do reservatório.
A empresa responsável pela obra usou explosivos para detonar rochas
para a passagem da linha férrea. Desde então começou a faltar água nas
casas e os moradores passaram a receber a visita dos caminhes pipa. A
qualidade da água também é motivo de reclamação.
"A solução que a gente tem, por parte da prefeitura, é um projeto que
já foi mostrado para a comunidade de captação de água do rio Parauapebas
para os nossos três bairros. Só que nada no momento foi resolvido”,
afirma Wilma Cutrim, presidente da associação de moradores.
A prefeitura de Parauapebas informou que nas próximas semanas ainda
será publicado o edital para a obra de captação de água. Portanto, ainda
não se sabe quando as obras começam e nem quando vão ficar prontas.
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