Para o comerciante
Alex Pamplona, manter a saúde financeira do negócio é vital. Ele
aprendeu a poupar desde os 14 anos
Com 14 anos, o
comerciante Alex Pamplona começou a trabalhar com o pai na padaria que
ele mantinha na avenida Augusto Montenegro. Por muito tempo, ele recebia
salário, como qualquer funcionário, e começou a guardar parte do
dinheiro. Já como gerente do comércio e com dinheiro suficiente, ele fez
a proposta ao pai: comprar a panificadora. Hoje, coordenando 26
funcionários, Alex considera que o planejamento financeiro foi o fator
decisivo para ele estar a frente do negócio agora. “O fator mais
importante é perceber o que se está fazendo e saber para onde ir”,
afirma.
Ainda hoje, o empresário mantém o
hábito de poupar parte dos rendimentos. “Continuo poupando. É um
investimento em longo prazo necessário”, garante. Nesse caso, 10% do
lucro dele com o comércio são aplicados. A destinação desse dinheiro
será o próprio estabelecimento, com projetos de ampliação e para manter o
empreendimento “capitalizado”. “Ainda precisamos pensar nos imprevistos
e nos custos, com o 13º salario, por exemplo”, compreende.
HÁBITO
HÁBITO
O empresário está correto na sua
percepção sobre a vida financeira. “Devemos poupar quando somos jovens e
estamos iniciando a vida profissional”, garante o economista Nélio
Bordalo. Ele explica que a disciplina e o hábito de poupar são cada vez
mais importante para os empresários que querem investir no presente e
que precisam pensar desde o passado até o futuro. “Quanto mais vivemos,
mais teremos necessidades, responsabilidades e também maiores gastos”,
enumera.
Eliamar Braga, analista de Atendimento
Individual do Sebrae no Pará, também considera que se manter
estruturado é vital para o sucesso do empreendimento. “Você tem controle
sobre tudo. Percebe riscos e oportunidades e consegue visualizar o
negócio como um todo”. A orientação de Eliamar continua sendo que o
empresário faça uma reserva financeira e possa investir em rendimentos,
como a poupança. “É importante manter recurso para melhorar o produto,
contratar funcionários e investir em tecnologia”, reitera. Essas dicas
garantem longevidade à empresa, que nasce, amadurece e tem, em boa parte
das vezes, um declínio que pode ser contornado. “E aí entra um processo
de maturação, onde eu tenho que inovar, para que possa voltar a crescer
e ter outro estágio de crescimento”, completa.
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