Promotora Adriana conversa com uma cadeirante, usuária dos ônibus.
No momento em que
as medidas de adequação eram vistoriadas, as promotoras ainda tiveram a
oportunidade de conversar com passageiros portadores de necessidades
especiais. A partir dessas conversas, foi possível identificar que os
ônibus utilizados no transporte não são acessíveis. “Isso está fora do
TAC. Foi uma observação que constatamos agora. Mas vamos conversar com
as empresas de ônibus, em outro momento, sobre o assunto”, disse a
promotora Adriana Simões.
Habituada a viajar de ônibus, em
decorrência do trabalho, a administradora Aldineia Vilhena, 42 anos, foi
quem apontou a dificuldade de acessibilidade nos coletivos. Cadeirante,
ela sempre precisa da ajuda de terceiros para entrar nos veículos. “O
maior problema são os ônibus que não têm acessibilidade”, constatou, ao
chegar de viagem de Abaetetuba. “Eu já me adaptei, mas espero que
melhore, para o bem de todo mundo”. Locomovendo-se com o auxílio de
muletas, o auxiliar administrativo José Lauro Manito, 66 anos, também
pensa o mesmo. “Para mim não é tão complicado, mas para quem precisa de
cadeira de rodas é mais complicado”.
Lembrando que o pátio principal do
terminal costuma ficar lotado em períodos de feriado, ele reconhece que,
por vezes, é preciso desviar de vários obstáculos. “A cidade está
ficando desenvolvida e a rodoviária acaba ficando congestionada,
sobretudo em época de feriado”.
RESPOSTA
Através de nota, a Sociedade
Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), que administra o
terminal de Belém, informou que o espaço recebe reformas. Uma delas fica
nos banheiros, ajustados ao uso de pessoas com deficiências. Segundo a
nota, as calçadas externas e internas do terminal ganharam piso tátil,
bem como os boxes de venda de passagens. “Além disso, 15% das cadeiras
do saguão serão destinadas às pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida”. O Sinart também citou a implantação das plataformas
elevatórias como uma das melhorias adotadas.
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